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Afinal... Glúten Engorda?

  • Fabio Campos (Pão do Fabão)
  • 11 de out. de 2016
  • 4 min de leitura

Podemos ouvir falar muito de diversas pessoas, até mesmo de especialistas, sobre a importância de se cortar o glúten da dieta porque "glúten engorda". Mas... Será que isso é verdade?

Muitas vezes a afirmação "glúten engorda" vem como embalagem de outra afirmação – esta sim, comprovada e definitivamente verdadeira – que é "glúten faz mal à saúde". Todas estas afirmações são relativas, dependem muito...

Se a pessoa é celíaca, ou apresenta intolerância ao glúten, (veja outro artigo aqui no blog do Pão do Fabão, clicando Aqui), então realmente é correto afirmar que a ingestão do glúten é danosa ao corpo, por motivos já conhecidos. O próprio corpo reconhece esse alimento, não como um alimento comum, mas como um agressor que deve ser eliminado. Isso pode ser o início de outras reações como diarréia, dores abdominais, sensação e inchaço, anemia e fadiga. Estudos indicam que cerca de 1% da população mundial possui essa doença celíaca.

Do mesmo modo há quem se queixe de alguns destes desconfortos físicos como sensação de inchaço, fadiga, flatulência, dores abdominais, sem entretanto acusarem a agressão auto-imune causada pela doença celíaca. São as chamadas pessoas intolerantes ao glúten.

Entretanto, não são relatados até então, devido ao glúten na digestão, casos de excesso de peso e obesidade. Então será que... O glúten não engordaria? Porque surgem tais deduções infundadas? Qual a explicação para esse mito de que o glúten engorda?

O fato principal que leva leigos e mesmo especialistas a abordarem esta questão dessa maneira é que há uma simplificação decorrente das associações do glúten aos alimentos que o contém em suas formulações.

Para isso, basta fazermos o caminho inverso, como eu chamo, para realizarmos esse "mapeamento" e análise do porque do glúten não engordar mas sim os alimentos que o contém. Vejamos, primariamente, quais são estes alimentos.

É preciso atentar para quais grãos contém glúten. São eles:

- Trigo

- Cevada

- Centeio

- Aveia (contém traços de glúten por contato em moagem com os outros cereais)

Agora, uma análise nestes grãos e podemos perceber quais são os alimentos principais feitos à partir desses grãos.

- Farinha de Trigo é a maior responsável pelos alimentos carboidratos consumidos, sob a forma, principalmente, de pães e massas (sejam ou não integrais). Não é pelo glúten em si que ocorre a geração de gordura e consequente obesidade das pessoas mas sim pelo fato do glúten vir naturalmente associado à esta farinha que prepara tais produtos carboidratos de altíssima caloria.

- Cevada. Do mesmo modo, a cevada é a principal responsável pela fabricação da cerveja, uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo. E a cerveja, não pelo glúten em si, mas por ser uma bebida que possui alto teor de carboidratos, também engorda muito. Mas é o glúten que muitas vezes leva a "culpa" de engordar. E, estamos vendo, não é bem assim, né?

- Centeio também possui glúten mas, como no caso do Trigo, é usado para fazer pães e guloseimas que levam gorduras, condimentos, que são o que realmente engordam. Não o glúten.

- Aveia, como centeio, não possui o glúten em sua composição mas, devido à rotação de culturas na hora do plantio, bem como a moagem comum em moinhos que moem trigo e cevada, acaba por carregar "traços" de glúten, normalmente. Encontre um moinho que moa apenas aveia e esta aveia não possuirá glúten garantidamente!

Aos poucos, analisando o "caminho das pedras", podemos começar a perceber que não é exatamente o glúten que engorda. Ele pode, sim, fazer mal, aderir às paredes intestinais e causar inflamações e cólicas. Mas não é ele exatamente o responsável por engordar e sim quem ele acompanha.

Os produtos feitos com glúten são dos produtos que mais engordam e, por isso, podem (devem) ser eliminados de nosso cardápio, o que nos trará, além de reduções nas inflamações do trato intestinal, uma redução de peso.

Outros tipos de carboidratos mais complexos presentes exatamente em alimentos que não possuem glúten, como inhame, farinha de arroz, fécula de batata, mandioca (ou aipim/macaxeira), batata-doce, além de super agradáveis ao paladar, ajudam a emagrecer pois, ao demorarem mais em terem suas moléculas quebradas pela digestão - são os chamados carboidratos complexos - não geram a criação por parte da insulina de nosso corpo de excessos de gordura.

Uma vez que o açúcar gerado pela quebra dos carboidratos dos alimentos feitos de trigo, cevada, centeio ou aveia é assimilado e inserido na corrente sanguínea, a insulina vem assimilar tais excessos de glicose e transforma em energia sob a forma de camadas adiposas, ou, gordura.

Percebe-se aí o fato da criação do mito de que o glúten engorda. Na verdade quem engorda não é o glúten mas quem ele acompanha!

De qualquer maneira, uma alimentação equilibrada que traga carboidratos mais complexos (como o inhame e o aipim, presentes em diversas receitas do Pão do Fabão) permite uma saúde de maior qualidade, além de indiscutivelmente proporcionar reais possibilidades de emagrecimento.

Um abraço,

Fabão

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