Aglutinação, deglutir, aglutinar, glúten...

Às vezes paramos para pensar em uma palavra, principalmente quando a repetimos muitas vezes, quase numa brincadeira sem pensar, apenas como uma criança repete inúmeras vezes a palavra até ela quase desaparecer em seu sentido ou até recriá-lo.

Hoje isso aconteceu sem querer comigo e foi aí que percebi de onde vinham certas palavras que mostram, de certa forma, o que ocorre quando comemos... glúten!

Aglutinação, segundo o dicionário é o ato de unir, de grudar.

Deglutir é o ato de descolar, separar.

Glúten é cola, é elemento grude, grudento, que é pegajoso, que amalgama, que mescla, força e cola.

Glúten nada mais é também que o nome de um grupo de enzimas - presentes em determinados alimentos - que conferem elasticidade pela sua capacidade de não se "desgrudarem" entre si.

Ingeridos, estes alimentos causam determinados males a certos sistemas digestivos sensíveis a tais proteínas. Causam a doença celíaca em casos mais graves e agudos ou simplesmente desconforto, má digestão, gases, mal estar, sensação de empanzinamento, além de, ao aderirem no intestino, criarem crostas que permitem a proliferação de colônias bacterianas daninhas à saúde do meio ambiente intestinal.

São diversos os alimentos que trazem o glúten, cevada, centeio e principalmente o trigo.

O glúten é responsável também pela estruturação de pães que o contém, permitindo sua moldagem e proporcionando beleza visual. Entretanto é essa estética bonita e apurada que encobre os males que este alimento causa.

Sem glúten, temos nossos intestinos livres de empecilhos à nossa digestão. Além do mais, o glúten frequentemente vem bastante mal acompanhado pois os alimentos que o contém, normalmente, possuem altíssimo valor calórico, gorduras e açúcares, daí a sua associação com a obesidade e o diabetes.

Corte o glúten de sua vida e ela se prolongará!

Um abraço,

Fabio Campos

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